Seguindo nossa última públicação sobre as negociatas que são realizadas sob cortinas na Gávea e que na maior parte das vezes fazem o clube perder dinheiro ou se envolver em dívidas, fizemos uma pesquisa sobre outra boa geração rubro-negra que dia após dia deixa o clube para jogar na Europa. Alguns jogadores são enquadrados em uma categoria descrita como "jogadores não promissores" quando estão perto de subir para os profissionais e são vendidos logo na primeira proposta. Um exemplo foi o "não promissor" Pedro Beda que era tido por muitos como um dos mais talentosos de sua geração, tendo sido artilheiro de diversas competições e sucessivas convocações para as seleções de base. Pedro hoje é jogador do Heerenveen da Holanda, clube pelo qual se destacou Afonso. O jogador foi vendido aos 19 anos para um time chamado Desportivo Brasil, cujo a base financeira é a Traffic por míseros R$ 1,2 milhões. Outro jogador tido como "não promissor" é Anderson Bamba, considerado outra boa revelação e vendido ao Nacional de Portugal. Anderson hoje integra o elenco do poderoso Bayern Leverkusen da Alemanha, onde joga outra revelação, Renato Augusto. Na onda que varre as categorias de base foram embora Rodrigo Arroz e Vínicius Pacheco para o Belenense de Portugal. Já o lateral Michel, outra grata revelação, foi negociado com o Almería da Espanha. O detalhe é que esta geração de juniores ganhou tudo que podia e desbancou o Fluminense.
Os jogadores citados por último renderam aos cofres do clube míseros R$ 3,5 milhões, enquanto Renato Augusto rendeu R$ 15 milhões.
A constatação é que as categorias de base dos clubes são verdadeiros loteamentos, são bancos de sangue gerenciados pelo ilustre Conde Drácula. O Flamengo se orgulhava de formar jogadores, promove-los e ser campeão com times genuínos, times formados em sua maioria na Gávea. Hoje a realidade é triste e como bem noticiou na edição de hoje do jornal "O Globo", Renato Maurício Prado, o clube está impedido de negociar jogadores devido a uma dívida deixada pela gestão Edmundo Santos Silva junto ao Atlético de Madrid. Ibson foi embora do clube devido a falta de recursos para quitar débitos antigos e garantir a compra dos direitos federativos.
Essa é só a ponta do iceberg. É só um relato de um clube grande. É a realidade do futebol brasileiro e remonta aos tempos em que fomos colônia de Portugal, onde nossas riquezas eram levadas a preço de bananas e faziam a alegria dos nobres europeus.
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